sábado, 9 de outubro de 2010

A Igreja brasileira esta precisando de um RUACH !

Quando ainda bem jovem com meus 22 anos resolvi deixar tudo que me rodeava para de cabeça, corpo, alma e espírito me entregar a uma vida itinerante em um ministério onde vislumbrava uma igreja que brotava das paginas do evangelho que me fascinava e que depois de algum tempo descobri que esta igreja apesar de existir na inquietação e desejo de alguns, ela esta sufocada por uma praga, uma erva daninha, o joio do sistema igrejeiro religioso humano mesmo depois de passar por toda reforma que passou, reforma esta insuficiente para trazer a vida da igreja conhecida como GLORIOSA pelos apóstolos.

Certo dia quando ainda pertencia a uma Instituição Religiosa conhecida na época em mais de 86 países do mundo, estava inquieto e não satisfeito com a agenda organizacional que cumpria onde eu via mais de 80% dela voltada a edificar um sistema religioso humano, uma instituição, um nome, uma placa e muito pouco do Reino de Deus passava por ela; foi neste momento de pura angustia, frustração pela realidade encontrada que fui falar com Deus, subi ao meu escritório, conhecido por alguns como gabinete pastoral, comecei falar com Deus sentado na minha bela cadeira giratória e terminei no chão prostrado tendo toda convicção e certeza dos rumos que deveria tomar sem medo e sem temor porquê tive a convicção da total direção de Deus.

A ordem era deixar tudo e jamais fazer aliança com homens e suas organizações, instituições por mais bela que elas se apresentassem, assim fiz, sai deste meio a 25 anos passado, fiquei totalmente dependente de Deus, com uma mão atrás e outra na frente eu minha esposa e minha filha de 4 anos fomos despejados da chamada “igreja” dirigida por homens e planejada para ser nada mais do que uma forte Organização sem se importar em ser um Organismo vivo dirigido pelo Espírito Santo de Deus a serviço do Reino de Deus.

Desde então meu envolvimento com esta “igreja” institucionalizada foi se distanciando, até porquê minhas divisas caíram, meus títulos e cargos foram para o monturo, meus valores foram alterados, alterações estas que chega a ser loucura para alguns ou incompreendidos por outros, minha carteira da Ordem de ministros do Brasil já venceu a mais de 20 anos ... rs ...ainda bem que não vou precisar dela para entrar no céu.

Talvez algum de vocês que estão lendo este artigo devem já estar pensando que sou louco, ou rebelde, louco sim para os que se perdem neste emaranhado de ativismo igrejeiro institucionalizado e rebelde sim para tudo que não passa pelo Reino de Deus e que se disfarça em nome de Deus como algo espiritual que vem de cima.

Na verdade continuo crendo firmemente que esta igreja de homens, fria, calculista, institucionalizada, vai continuar para alguns, mas também creio que do meio desta,  quando o RUACH soprar,  surgira aquela que Jesus recebera nas nuvens santa e gloriosa sem macula sem ruga, sem mancha, irrepreensível, meu desejo é ver a igreja ser igreja para glória de Deus .

RUACH - Trata-se de uma palavra hebraica que aparece no Antigo Testamento por quase quatrocentas vezes. Esse substantivo deriva-se de um verbo que quer dizer "respirar" ou "soprar". O substantivo pode ser traduzido como "respiração", "vento", e tem como correspondente no Novo Testamento o termo grego "pneuma", cuja definição cobre um largo espectro de significados, dentre eles, no texto de Atos 2:1-4, a manifestação do Espírito de Deus como o ruído de um vento impetuoso que vem promover mudanças e transformações profundas e radicais na vida da Igreja.

"Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram distribuídas entre eles, línguas como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo, e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem"
 (At.2:1-4)

Há muito tempo temos convivido com inquietações quanto aos rumos da Igreja brasileira. Como no mundo inteiro, tem crescido no Brasil um forte desejo de se viver no Espírito. Tem havido um despertamento à busca do poder do alto, por uma manifestação mais viva e eficaz do Espírito Santo no seio da Igreja, como nos dias apostólicos. Esse movimento vem de Deus. Mas, é bom sabermos que, antes de podermos ter uma Igreja de poder apostólico, devemos ter uma Igreja de pureza apostólica – a Igreja restaurada.

Você já viu um forno de fundição em funcionamento? O calor da fornalha é terrível. Há aquelas línguas de fogo dardejantes, propositalmente instigadas por um vento impetuoso que vem através de grandes respiradouros, soprando as chamas até atingirem tremenda intensidade. O vento impetuoso aviva o fogo da fornalha até o ponto de fusão e tudo ali dentro se torna um mar fundido. Depois, pelas saídas, em lados opostos da fornalha, corre ardente o metal precioso separado das impurezas.

"Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. A sua pá ele tem na mão, e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha com fogo inextinguível" (Mt.3:11-12) "Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos. Mas, quem pode suportar o dia da sua vinda? E quem subsistirá quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros. Assentar-se-á, como derretedor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; eles trarão ao Senhor justas ofertas" (Ml.3:1-3)

O Espírito Santo é o forno de fundição do Senhor para a purificação da Sua Igreja. É por meio de uma ação impetuosa do vento do Espírito que o fogo se levanta e separa o precioso do vil; é pelo fogo do Espírito que se consome a escória do pecado para a manifestação do fulgor glorioso da Igreja. O fogo dessa fornalha foi aceso no dia de Pentecoste, quando o vento impetuoso do Espírito invadiu o Cenáculo, seguido das línguas de fogo. Ali a Igreja brilhou intensamente, ao forte lume do fogo da fornalha. O vento impetuoso continuou a soprar, as línguas de fogo a queimar, até que a Igreja se tornasse tão pura e tão santa que não haviam "Ananias e Safiras" que continuassem mentindo, sem que caíssem mortos pelo julgamento de Deus – Deus podia intervir e defender um povo inocente e puro, e o precioso era separado do vil. Antes tivesse a Igreja conservado o fogo, mas deixaram-no esfriar e a mistura com o mundo e suas impurezas foi inevitável, levando a igreja a um estado de fraqueza e perda de identidade. Que tragédia!

Hoje sentimos a mesma necessidade: que o fogo se levante assoprado pelo vento impetuoso do Espírito. Só ele pode dar início ao processo de reversão deste quadro. E há boas-novas: O ruído do vento já se faz ouvir em vários pontos de nossa terra brasileira. Sim, ele já começa. Há alguns focos genuínos de reavivamento em nosso país. Há um movimento em direção ao "cenáculo", entre aqueles que, inconformados, suspiram e choram pelas abominações que se fazem no meio de uma igreja em declínio espiritual. Está se formando de novo um núcleo, como aquele que se formou no dia de Pentecoste. Há angústias dentro do nosso peito que nos levam a orar, clamar, suplicar, e em meio a lágrimas e gemidos, implorar o poder do alto. Seja você também um dos tais a clamar: "Sopra de novo, Senhor! Não Te demores, sopra de novo!", e brevemente toda a igreja e o mundo estarão de novo diante da presença ardente de Deus, na sua fornalha dos últimos dias. De sua chama purificadora emergirá a remanescente Igreja de Deus, sem mancha ou ruga ou coisa semelhante.