domingo, 15 de novembro de 2009

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Transparência no Mercado da Fé
Posted on 06:24 by Samuel Boss

Enviei hoje pela amanhã um email para todos os deputados federais, afim de cobrar a criação de lei específica para programas televisivos religiosos. Segue abaixo a carta na integra.
Se você concorda envie para o deputado na qual você votou e cobre providência. Não podemos ser omissos quanto a esta vergonha que estamos presenciando.
Srs. Deputados.
A bandeira da transparência nos gastos públicos ganha cada dia mais adeptos, e muitos políticos comprometidos com a verdade lutam para que isto se torne uma realidade plena em nosso país. Alguns governantes já adotam a publicação dos gastos públicos na internet, uma iniciativa louvável. Porém, como em toda democracia, é justo que a regra seja válida para todos.

Estamos vivendo um período religioso lamentável em nosso país. Igrejas nascem aos montes, dia após dia. No entanto, compreendemos a positividade da religião, mas não podemos aceitar a “Comercialização” da FÈ. Estamos sendo invadidos por programas televisivos religiosos, e todos eles financiados pelo dinheiro dos fiéis espectadores. Tais programas são feitos na intenção de levar palavras de paz às pessoas que precisam, porém os mesmos têm se tornado mendicância religiosa. Muitos deles destinam mais da metade de seu tempo a pedir doações e a vender produtos de toda sorte. Porém, tais pedidos não representam à realidade que vive suas instituições. Pois, em sua grande maioria são denominações riquíssimas, visto que se sustentam com as ofertas dos fiéis freqüentadores.

A grande questão está na lucratividade e fomentação de negócios que estes programas têm proporcionado. Visto que, misturam fé com comércio, publicando propagandas de suas respectivas editoras. A venda de livro, Cds, DVDs, viagens, congressos e toda sorte produto, tomam grande parte do horário comprado. Assim, o espectador já não sabe se as ofertas enviadas são usadas para manter o programa no ar, ou se são usadas para manter um comércio no ar. Não há qualquer prestação de contas neste sentido. Pois, se uma editora (Empresa) utiliza o horário de uma Igreja (instituição sem fins lucrativos), é mister que tal empresa pague pelos minutos utilizados, como também a igreja esclareça aos fiéis o quanto recebeu e o quanto destinou. Afinal, tais empresas visam a lucratividade na venda de produtos. Transformando pequenos pregadores da Bíblia, em grandes executivos da área de comunicação.

Sendo assim, fazemos um apelo para que seja criada uma LEI específica de regulamentação deste tipo de programa. Que se leve em conta a obrigação da TRANSPARÊNCIA na arrecadação. Obrigando a publicação na internet das ofertas enviadas (como valor, nome e CPF do ofertante), e das despesas pagas com o dinheiro arrecadado (com apresentação de numero de nota fiscal e valor). Exigindo também a proibição de veiculação de qualquer tipo de propaganda neste programa, pois, ou se gera receita a partir das ofertas de fiéis ou se gere através da publicidade de empresas privadas, mas nunca a mistura de ambas. Creio que assim estaremos contribuindo por um país mais justo e democrático, onde os deveres e direitos partem tanto do lado público quanto do religioso e privado.

Na certeza de sua compreensão quanto a relevância do tema

Samuel Boss (Evangélico indignado com a comercialização da fé)

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