quarta-feira, 21 de abril de 2010

Fazendo a diferença ...

“Estes que causaram transtorno em todo lugar, agora chegaram também aqui...”


Livro dos Atos dos caras que fizeram a diferença. Cap. 17:6b
Eu creio que é muito bacana ser contextualizado e moderno, ser igual para ganhar os iguais, ter mais atitude e pouco discurso, buscar realmente fazer a diferença.
Mas na boa, eu também fico cansado de ver que muito pouco ou quase nada está sendo feito com todo o aparato que temos hoje à nossa disposição, e o que está sendo feito, quase sempre gera um misto de decepção e desesperança.
Talvez por estarmos vivendo a última hora, a igreja tem vivido os seus momentos mais dificeis, momentos em que fazer a diferença está exatamente naquilo que a igreja-estrutura tem conseguido, conquista de bens, patrimonio e seguidores, as vezes xiitas, fanáticos pela sua própria bandeira, placa, denominação, líderes e pouco, muito pouco pelo Dono e Senhor da Igreja.
Se formos falar sobre sermos sal e luz e realmente temperar e iluminar o “mundo” , podemos perceber o qual pífia tem sido a nossa atuação.
Estou falando da prática e não do púlpito, do discurso inflamado de auto-ajuda que promete o céu na Terra, e o céu pode esperar. Os crentes mais novos nem sabem o que é MARANATA, talvez pensem que seja a mais nova banda gospel ou ministério de louvor do momento.
Gosto e pratico tudo o que estou falando acima, mas é sério, é cansativo e desgastante, tem caras que tem muito mais talento pra isso e ganham muito, muito mesmo.
Estou voltando a praticar o primeiro amor, aquele que igreja não quer mais saber, andar a segunda milha, virar a outra face, alimentar, vestir e cuidar de ex-detentos, viciados, prostitutas e outras “escórias” que para Deus e para nós ainda valem muito.


 Mas como isso é dificil, não é interessante, as igrejas não querem muito compromisso com isso, e os crentes que já são ovélhas (isso mesmo, com acento), estão precisando de tantas bençãos, que não dá tempo pra amar ninguém.
Enquanto isso vamos assistindo essa balbúrdia do Panis et circenses criado por Roma e amplamente usado pela terceira via chamada de “evangélicos”, sabendo que o Estado funciona assim e nós o copiamos com muita facilidade.
Fazer diferença, deve ser como fazem os espíritas, que mesmo com motivos que são questionáveis, fazem alguma coisa. Ou como os muçulmanos que jejuam por várias causas dais quais temos uma teologia pronta para combater, mas não fazemos nem um pouco de esforço pra mudar.
Pessoas como Ghandi ou Madre Tereza fizeram diferença no mundo. Existem muitos e muitos pastores, missionários e outros sem-título que estão cumprindo o IDE, mas não estão na mídia, não são apóstolos, são gente, como eu e você que quer seguir um Jesus mais humano e não super, um Deus que chega mais perto, mais junto e que toca, abraça, conversa.
Alguém já disse que “o amor é o que o amor faz”, então pra fazer a diferença é só olhar pra dentro e perguntar:

 O que nós estamos fazendo?

Sonhe com um despertamento, um avivamento da igreja, ore e jejue por isso, mas lembre-se que isso começa com transformação da sociedade à nossa volta e não com encontros emocionados de “ louvor e adoração”.

Ricardo Urbano, Pr – Cruzando Ondas Comunidade Cristã.

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